terça-feira, 21 de maio de 2013

A paciencia


Transplante de Órgãos

TRANSPLANTES E ESPIRITISMO - 3

Transplante de Órgãos 
É grande a preocupação dos espíritas com as repercussões perispirituais dos transplantes de órgãos, surgida com o auge da evolução das técnicas cirúrgicas, com a amplificação dos transplantes de coração, rins, fígado, córnea, medula óssea, entre outros, e sua popularização pelos meios de comunicação. É interessante perceber que a transfusão sangüínea, que também é um transplante de tecido, não tem motivado a aversão dos espíritas.
Biologicamente, não há diferença conceitual entre transplante de órgãos do corpo humano e transfusão de sangue.
O que há de comum em todos os órgãos ou tecidos é algo chamado célula, sua estrutura básica, que se diferenciou, assumindo determinadas facetas ou máscaras, ainda que tenham vindo de uma única célula primitiva, o zigoto ou ovo, que assume formas e funções diferentes ao se alterar e multiplicar. Em Evolução em Dois Mundos, livro psicografado por Chico Xavier, André Luiz nos permite entender que, quando uma célula é retirada do corpo humano e passada para a placa de cultura em laboratório, ela retoma sua forma primitiva, como o soldado que, ao sair do quartel, volta para sua vida normal, à paisana.
Essa involução da célula para formatos embrionários ocorre porque não há mais comando do espírito sobre a célula que foi colocada na placa de cultura, uma vez que foi separada do corpo biológico de origem. O comando do espírito fica imantado ao perispírito no qual o arranjo celular se molda. Desprendido do corpo biológico, o órgão ou conjunto celular sai desta forma de imantação e assume uma individualidade própria. Quando aquele conjunto de células ou órgãos estiver reincorporado a outro organismo, sob o comando de outra pessoa, outro espírito com forma perispiritual, haverá uma readaptação celular.
No entanto, existem os limites de bio transformação do organismo e da habilidade ou capacidade do espírito em promovê-la. O que determina a identidade, a impressão digital da célula, são conjuntos proteicos na membrana celular chamados "antígenos de histocompatibilidade". Eles se diferenciam de pessoa para pessoa e são responsáveis pela manutenção da individualidade do organismo, rejeitando as células que não possuem os mesmos antígenos.

O que é possível fazer é utilizarmos medicamentos que reprimam a rejeição imunitária do receptor, bloqueando a não aceitação dos antígenos celulares do órgão doador. Se há uma dificuldade na adaptação da bioquímica do corpo, também haverá um choque no encaixe entre o órgão doador e o perispírito do receptor, já que, como dissemos, o perispírito é a moldura dessa bioquímica corporal. Com a ajuda dos medicamentos de um lado e, do outro, do influxo mental positivo do receptor, teremos uma dupla ação sobre o perispírito, forçando-o à adaptação.
Em um outro contexto, cada vez mais se encontram correlações entre o sistema nervoso central e o sistema imunológico. As estruturas hipotalâmicas são conexas ao córtex cerebral, sede anatômica das expressões psíquicas do espírito no corpo. Estas mesmas cadeias neurais são responsáveis pelo fluxo hormonal, que tem franca e comprovada de terminação sobre o sistema imunológico. 
(baseado no livro Orientações Espíritas, Coleção Sem Mistérios, Editora Escala)

FELIZ DESPERTAR



"A vida é aquilo que desejamos diariamente"(André Luiz)

Que nossos desejos para este dia tenham a luminosidade da fraternidade e o brilho das metas cumpridas.
Sejamos LUZ e tudo ao nosso redor será envolvido e transformado para o bem.
BOM DIA
Abraços fraternos

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Os espiritos e nós

os espíritos influem sobre nós?
Sim. Como estamos todos mergulhados no fluido universal, através dele, pelo que pensamos e sentimos, acabamos influindo uns sobre os outros. Os espiritos podem influir sobre nós se lhes oferecemos sintonia mental (semelhança no tipo de pensamentos) ou quando entre os fluidos deles e os nossos existe afinidade fluídica (possibilidade de combinação).

O Espiritismo é ou não cristão?

O espiritismo é uma doutrina cristã, porque apresenta Jesus como guia e modelo para a humanidade, ajuda a entender melhor os ensinamentos do evngelho e nos lega a segui-lo como norma de vida.

Estudar Kardec para viver Jesus.

Relatos do Cotidiano



Relatos do Cotidiano
“Amai ao próximo como a ti mesmo.” ( Jesus)
O medo no convívio social está instalado e chega, em algumas comunidades mundiais, ao nível do pânico. O “próximo”, por vezes é exatamente quem nos agredirá; invadirá e se apossará de nossas propriedades materiais e até intelectuais.
Como exercitar o amor com quem tememos e de quem nos escondemos?
 Enxergar o outro, se mal paramos para o exercício do autoconhecimento, fica difícil. Independente do nível financeiro da comunidade; do número de “amigos” que cada indivíduo possui em sua página do facebook, podemos constatar, primeiro que as pessoas sofrem de SOLIDÃO: segundo, , que ao  abrirmos as portas de uma Livraria Espírita,  ali estará um ponto de atendimento fraterno.

SUICÍDIO (1)
Manhã do dia 09.04.2013, por volta de 12 hs.  O rapaz para quem guardamos caixas de papelão para serem recicladas, chega a porta da livraria.  Desde que aqui estamos, o observamos por várias vezes ao dia, arrastar uma imensa sacola (bag) cheia de papelão, rumo ao destinatário para pesagem.
Por possuir limitações físicas, seu caminhar é difícil e agravado por uma dependência alcoólica.
Ao longo de vários dias trocamos algumas palavras com ele quando vem buscar o papelão.  Mas dia nove foi diferente; pediu para sentar-se um pouco á porta; ao que respondi afirmativamente, olhando-o por detrás da mesa de trabalho.
Já sentado, esfregando uma mão na outra como a procurar na mente uma forma de iniciar uma conversa íntima com uma pessoa estranha, perguntou-me:
- A senhora é mãe?
Ao que eu respondi afirmativamente, acrescentando ser também avó.  Pareceu-me que ele aprovara meu “curriculum” quando afirmou:
- Então a senhora tem experiência posso lhe contar: estou pensando em me matar.
Tentando refazer-me do susto perguntei-lhe o porque de tal decisão.
- Minha vida é muito ruim, tem muita gente que não gosta de mim, eu não tenho nada e não sirvo pra nada.
Eu nem sabia o nome daquele jovem e ele estava me comunicando que queria por fim á sua vida.  Como que pra ganhar , talvez para aguardar mesmo por uma intervenção espiritual que mentalmente comecei a pedir, perguntei-lhe nome e idade:
- André; tenho 27 anos, gosto de ler, mas parei de estudar no segundo grau.
Arrisquei uma resposta: Bom André, você é um rapaz trabalhador, luta com dificuldades, mas isto pode melhorar.  Quanto a você ter gente que não gosta de  você, acho que é normal, porque também tenho muita gente que não gosta nem um pouco de mim; ,mas fico triste porque agora que a gente estava ficando amigo, você que  ir embora.
Nisto minha colega de trabalho fez sinal para que eu perguntasse ao nosso amigo se ele queria dividir conosco um almoço, pois  o nosso havia chegado.  Ele aceitou e começamos a comer em silêncio.  Servimos a ele um suco de uva bem adoçado.  Ao término pareceu-nos que ele estava fisicamente melhor.  Agradeceu e  levantou-se  despedindo-se.
Acenei-lhe com o “Deus te abençoe” das mães e ele, “Amém”.
Pedi-lhe que voltasse no dia seguinte, não houve resposta.





SUICÍDIO (2)
Dia 10.04.2013, sete horas da manhã, preparando-me para ir para a Livraria recebo um telefonema:
- Mamãe, César se matou.
A voz sofrida da minha filha indicava a proximidade, a intimidade  que aquele garoto de 30 anos desfrutava em nossa família.
Rapaz bonito, inteligente, á pouco tempo havia conseguido um bom emprego e uma vaga com bolsa de estudos, na tão almejada faculdade de Direito.
Nesta época  ele vivia em minha família e as definia como “ a mulher que eu amo e minhas filhas do coração”.  Era adicto; mesmo que nem a palavra e seu significado definam uma pessoa, mas assinalam a dependência química como guerra no cotidiano deste irmão.  Na terceira ou quarta “recaída”, perdera o emprego, a família, a faculdade e a autoestima.
Passou a morar com sua família consanguínea e a tentar sozinho, desintoxicar-se fisicamente.  Reinício, sempre o recomeço ; mas como ele mesmo dizia “carneiro bom não berra”. 
Há menos de um mês ele veio á Livraria, abraçou-me, sorriu informando que estava tudo bem consigo.  Contentei-me com este cumprimento superficial e despedimo-nos: foi a última vez que vi este “filho”, como eu o chamava.
O que aconteceu com ele entre o sorriso daquele dia e a seriedade deste rosto cercado de flores num caixão, não ficarei sabendo.
Aproximadas 17 horas, eu já estava de volta para a Livraria, de alma dolorida e cheia de indignação.  Chega o André, (o rapaz de ontem), sacudindo os braços, de mãos abertas e quase sem conseguir  falar de tão feliz:
- Dona, Dona, ganhei um carro, um carrinho, lindo, zero bala; está sendo pintado.

Algum SER iluminado, tocado pela espiritualidade superior, fez a caridade material para facilitar a vida daquele irmão: deu-lhe um carrinho de reciclagem.  Agora ele não teria mais que arrastar a “bag” o dia todo.
- Amanhã tá pronto Dona, venho te mostrar.
Vivo e cheio de esperanças, lá se foi o André.  A sua caridade espiritual em dividir comigo sua alegria, balsamizou meu coração, diluindo um pouco a densidade das emoções do meu dia.
Talvez pedir ajuda seja a diferença entre resistir ao cotidiano e sucumbir ao desejo de eliminar a própria vida.